Há duas décadas a música já era uma batalha de guerrilha. Enquanto hoje se critica o funk e o sertanejo, naquela época o pagode e o axé eram as bolas da vez. Momentos da grande indústria fonográfica.
Zé Rodrix era um artista sempre buscando o que era original, Toninho Spessoto, o outro da foto em destaque, era um jornalista buscando dar holofote aos artistas independentes que vinham surgindo, tinha lá suas preferências musicais mas nunca fechava as portas pra ninguém, seja em seu blog ou no seu programa na rádio USP.
Ambos partiram sem ver grandes resultados das sementes que plantaram, a música vai mudando e atropelando sonhos e transformando sucessos em uma máquina de triturar sonhos alheios.
De concreto fica as lições de que devemos sempre acreditar no que fazemos, independente do “chumbo” no festival, da baixa popularidade no Spotify, no Youtube.
Separei um trecho que me tocou bem fundo, foi uma série de entrevista que o Zé Rodrix concedeu ao Toninho no ano de 2007. Ambos partiram, Zé em 2009 e Toninho em 2010. Ambos jovens demais, ambos geniais o suficiente para serem inesquecíveis. E eu estava lá, perplexo, assistindo no Conservatório Souza Lima.
Ouçam! Espalhem!